terça-feira, 17 de março de 2009

Aquário gigante na Praia de Iracema




O Governo do Ceará decidiu levar adiante o projeto de construção do Acquario Ceará. Através da Secretaria do Turismo, o Estado realizou no último dia 10 de março uma audiência pública para apresentação e discussão sobre o equipamento. O Acquario será construído na Praia de Iracema, numa área do Dnocs. A intenção é fazer do equipamento uma âncora do turismo cearense. O projeto é muito ambicioso. Do jeito que foi pensado, será o maior oceanário da América Latina, com 18 milhões de litros de água. Além da localização e do espaço contemplativo, o Acquario Ceará terá em seus quatro pavimentos áreas de lazer, dois cinemas em três dimensões, simuladores de submarino, dentre outras atrações. Além do lazer, o equipamento terá conceito educativo. A primeira parte da obra do equipamento “eduturístico” está orçada em R$ 22,6 milhões, com recursos próprios do Tesouro Estadual. O projeto completo deve custar cerca de R$ 250 milhões e ficar pronto no final de 2010. O início do processo licitatório está marcado para 1º de abril. A idéia é que a iniciativa privada entre a partir da segunda etapa do projeto. E se não entrar?

QUEM BANCA O NEGÓCIO DO ACQUARIO?

Parece não haver dúvidas acerca do potencial do equipamento para atrair um novo tipo de visitante para o Ceará. A idéia é fazer com que o oceanário tenha o mesmo peso atrativo que tem, por exemplo, o Beach Park, um empreendimento turístico de lazer numa praia vizinha a Fortaleza que é um dos grandes responsáveis pela demanda turística do Ceará. O “Beach” é um empreendimento privado. Algumas perguntas: e se a iniciativa privada não se interessar pelo “negócio” Acquario? Se assim ocorrer, o Governo vai bancar os R$ 250 milhões na obra toda? E digamos que banque, o equipamento tem sustentabilidade financeira só com a cobrança de ingressos? Há outras alternativas de custeio? E a gestão sendo pública, como será a manutenção do equipamento? Com funcionários públicos? Pelo que o Governo disse, a idéia é atrair a iniciativa privada para o negócio. Portanto, uma hipótese. Uma aposta. Daí as perguntas. Caso não haja empresários interessados em tocar e administrar o projeto, é preciso que o Estado tenha as respostas na ponta da língua. A idéia é ousada. Porém, a ousadia precisa estar muito bem acompanhada de todas as respostas, principalmente acerca da manutenção do empreendimento.

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